quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Crónica da corrida das Caldas da Rainha...por João Francisco Ilaco

Noite de toiros com 6 cavaleiros e um curro da ganadaria Canas Vigouroux. 

A corrida estava com 2/3 de publico e tudo estava perfeito para uma bela noite de toiros, sendo que o Aposento da Moita teve uma atuação menos feliz.

Sempre me lembro no mundo do toiros que a exceção não faz a regra, mas a exceção não faz parte do livro de toiros do AP Moita. 

Óbvio que os toiros não ajudaram, pois o seu peso não correspondia ao trapio e por vezes faltava mesmo poder e bravura dos mesmos por não poderem, mas eram francos e não tinham qualquer maldade.

No primeiro toiro da noite (570kg) e como grupo mais velho em praça, a contracenar com o GFA das Caldas da Rainha, foi a vez do Aposento da Moita pelo forcado João Ventura, que vinha de uma dobra sofrida em Coruche. O mesmo mas não pareceu nervoso, pisou os terrenos de acordo com o toiro que tinha pela frente, a ler bem, mas no momento da reunião as coisas nunca correram bem até que o mesmo foi pegado à 4ª tentativa já com o grupo carregado a sesgo.
De enaltecer a decisão do cabo Leonardo Mathias que após uma situação pouco clara na primeira tentativa, não considerou o toiro pegado. Isto sim, uma decisão dura mas muito valente, que condenou o grupo a mais três tentativas mas sem virar a cara a nada.

No terceiro toiro da noite e segundo para o Ap Moita (530Kg), Marco Ventura chamado a pegar, e infelizmente o mesmo voltava a acontecer, foram necessárias 4 tentativas para que o toiro fosse pegado mais uma vez carregado e apenas por grande dificuldade no momento da reunião. 
O primeiro ajuda Manuel Mendes acabou por ser retirado da arena na terceira tentativa deste toiro, mas sem gravidade. De realçar mais uma vez que o grupo é um todo, mas que os ajudas não tiveram qualquer influencia na concretização da pega.

Para o quinto toiro da noite e ultimo para o Ap Moita (525Kg), foi a vez de Martim Cosme Lopes, a colocar o grupo na forma que estamos habituados a ver e a fazer uma pega limpa ao primeiro intento, com decisão e vontade demonstrada desde o primeiro minuto da corrida.
De realçar as boas ajudas dos forcados Martim Afonso (nas primeiras) e António Ramalho (nas segundas) mais uma vez a contribuírem como nos têm habituado.

Uma palavra especial para os forcados de cara das pegas menos bem conseguidas, que não existem derrotas nos toiros, existem aprendizagens e momentos que o erro pode custar lesões... força meus amigos e que esses ensinamentos gerem mudança e não vos desmoralizem, mas por contrario, vos dêem motivação já para o próximo toiro!

Pelo Aposento da Moita... Vai a Cima... Mais a Cima... 

Venha a Figueira da Foz... Venham belas exibições... Venham noites e tardes de gloria...



Fotografias: Maria João Mil-homens

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