quinta-feira, 22 de maio de 2025

Crónica de Almeirim (27/04/2025) por... João Simões (antigo cabo)

A corrida de toiros em Almeirim, no passado dia 27, foi dignamente apresentada, destacando-se desde cedo a entrega e valentia do grupo de forcados. 
Na primeira pega a um toiro com os seus 570kg, da minha perspetiva, o João Freitas esteve correto na forma como citou e carregou a sorte, revelando decisão e entrega. No entanto, talvez devesse ter começado a citar uns passos mais à frente, o que poderia ter ajudado a manter o toiro mais ligado ao grupo aquando da investida. Ainda assim, o forcado esteve bem a dar a cara ao toiro, pecando apenas pela ligeira falta de ajudas mais eficazes na retaguarda. O toiro acabou por se desviar um pouco e, quando o Luís procurou ajudar, o forcado já se encontrava descomposto, o que dificultou o êxito da pega.
Na segunda tentativa, o toiro arrancou-se de forma complicada, mas o João recuperou muito bem, com grande mérito, e o grupo correspondeu com determinação, consumando uma pega de mérito coletivo.
No segundo com 550kg, coube ao André a responsabilidade de ir à cara. Faltou-lhe carregar a sorte com maior convicção, e a forma como recebeu o toiro não foi a mais correta, deixando margem para que o oponente se impusesse. Na segunda tentativa, porém, esteve muito bem: citou com segurança, carregou no momento certo e o grupo fechou com eficácia. Como se costuma dizer: se for bem feito à primeira, não é preciso ir duas vezes.
No terceiro toiro, uma atitude de verdadeira liderança: o Luís, forcado apontado como futuro cabo do grupo, assumiu a pega do maior toiro da corrida que pesou 630kg. Citou com garbo, recebeu com grande técnica e coração, e todo o grupo correspondeu à altura do desafio. De destacar ainda a atuação segura e atenta do rabejador, que encerrou a pega com categoria.
Foi, no geral, uma tarde positiva para o grupo, com entrega, sentido de grupo e coragem, valores que definem a arte de pegar toiros.




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