Inicio esta crónica
com um especial agradecimento ao nosso grande amigo “Bão”, que tão
simpaticamente nos acompanha sempre e dá voz e visibilidade ao grupo através do
seu Blog, e que me convidou a escrever estas linhas.
A tarde era
de especial emoção para mim, pois foi a última tarde que me vesti de forcado
enquanto elemento activo e uma vez mais repetia-se a efeméride do aniversário
do Glorioso Aposento da Moita.
Diogo Perdigão |
O cartel
composto por seis cavaleiros confessemos que não era o grande atractivo, mas a
repetição dos toiros de Veiga Teixeira e a alternância em praça com os forcados
amadores da Moita foi o que mais expectativa deixava pairar.
O grupo
estava muito motivado, repleto de novos elementos, com “ganas” da oportunidade
chegar, e para três deles chegou neste dia. O Marco Ventura e Filipe Santos e o
Ivan tiveram a graça de se poderem fardar pela primeira vez em tão nobre praça
como é a Daniel do Nascimento. Espero que continuem a valorizar e a sentirem-se
sempre responsáveis pela jaqueta que vestem e que têm o peso de 43 anos aos
ombros. Certamente serão bem sucedidos e o cabo Zé Maria contará convosco por
muitas temporadas.
Dos três
toiros que nos tocaram em sorte, o primeiro “astado” com o peso de 470kg, negro
de capa, foi pegado pelo cabo José Maria Bettencourt. O exemplo vem de cima e
como tão bem o conhecemos não nos espanta estes detalhes do Zé Maria. Com um
cite calmo e tranquilo, com o grupo cá atrás, carregou o toiro quando decidiu,
recuou ao compasso do toiro e reuniu de uma forma dura com o toiro a por a cara
alta mas em que o grupo prontamente ajudou e fechou sem grandes dificuldades. Estava
assim dado o exemplo com o primeiro toiro pegado à primeira tentativa.
Ao segundo
toiro pegado pelo nosso grupo, saltou o Leonardo Mathias, conhecido por todos
nós como Tato. Com um cite a mandar cá de trás, a deixar-se ver e a citar de
frente, carregou no sítio em que quis mandar vir, recuou e reuniu com superior
técnica. Bem ajudado pelo grupo, em especial nas segundas e terceiras ajudas,
foi consumada a pega ao primeiro intento.
Para
encerrar a nossa actuação pegou o Rúben Serafim. A vontade de fechar com chave
de ouro era enorme mas tal não se verificou, resultando em seis tentativas para
que o grupo tivesse a pega como consumada. O toiro cresceu, ganhou sentido e
complicou a tarefa principalmente aos ajudas, terminando a pega com pouco
brilhantismo de forma sesgada, mas com enorme valentia demonstrada pelo nosso
“Broas”.
O prémio em
disputa para a melhor pega foi entregue ao grupo rival, na sua primeira pega.
Consumaram as suas duas primeiras pegas ao primeiro intento e a terceira à
quinta tentativa.
E como as
corridas só terminam no jantar, seguiu-se um jantar cheio de ambiente com
convidados, amigos e namoradas, em que se provou que o grupo está firme e com
“sede” de triunfos que certamente acontecerão vários ao longo da temporada.
Já com
saudades, agora só posso garantir que continuarei por perto e a garantir que
hei-de acompanhar sempre que possa o melhor grupo do mundo por estas praças
fora com o orgulho imenso de ter vestido a nossa jaqueta!
Pelo Ap
Moita!
Vai acima,
vai abaixo
Vai ao meio
e Bota abaixo!
Diogo
Perdigão