sábado, 31 de maio de 2025

Crónica do 50º aniversário por... José Romão "Bobi"

A pedido do Cabo Luís Canto Moniz para fazer um comentário à corrida da comemoração do 50° aniversário do GFAAM, venho em primeiro lugar felicitar o Grupo pela excelente actuação, digna da comemoração de meio século de existência do nosso grupo, com excelentes pegas de elevada nota, rubricadas pelos actuais elementos e clássicos (não gosto da palavra antigos), o segundo ponto é com alguma tristeza ver o Tato despedir-se, diria prematuramente sendo ele um dos grandes forcados que passou pelo nosso Grupo e um Cabo muito especial com grande capacidade de liderança que conseguiu unir todo um grupo em torno de si, com um ambiente extraordinário que me faz recordar com saudade os meus tempos de forcado activo. Quero desejar as maiores felicidades ao Cabo Luís Canto Moniz, o qual tem uma árdua tarefa pela frente no que respeita conseguir corridas, mas por outro lado tem um grupo cheio de novos elementos com um excelente ambiente entre todos eles, que no fundo é o mais importante.

Vamos lá falar um pouco da actuação do grupo:

1° Toiro de Murteira Grave com 505Kg, humilhou pouco durante a lide. Pega efectuada à primeira tentativa pelo forcado João Freitas, revelou ter um bom par de braços ao aguentar uma reunião dura, que poderia ter sido evitada se tivesse recuado um pouco mais, o Toiro vinha com pata, foi muito bem ajudado por todos e terminou com Tiago Ribeiro a dar uma lição de como se rabeja.

2° Toiro Conde de Murça com 510Kg, esteve algo reservado durante a lide. Pegado à primeira tentativa pelo forcado João Camejo que teve de pisar os seus terrenos, arrancando uma pega cheia de tecnicismo diria mesmo na perfeição, a recuar, fechar-se, sinal de quem sabe nunca esquece. Julgo que o Tato arriscou muito na selecção do grupo para pegar este toiro, se não me falha a memória só estava um elemento actual os restantes 7 digamos que eram todos clássicos, mas na realidade não se notou a diferença o toiro foi muito bem ajudado o que permitiu consumar a pega ao primeiro intento.

3° Toiro Varela Crujo 560kg, o mais pesado da corrida, pegado à primeira tentativa pelo Tato que seria o seu último toiro e da despedida, esteve muito bem a citar, provocando a investida, recuando o necessário para o seu estilo inconfundível de reunião a que nos habituou, que nos dá a falsa sensação da facilidade de pegar, o toiro reuniu alto, que obrigou fechar-se à córnea, vindo na viagem sempre com a cara alta e fez tudo para despejar o forcado junto das segundas ajudas, prontamente impedido por um grupo coeso e eficiente a ajudar, Tiago Ribeiro continuou a dar espetáculo a rabejar.

4° Toiro Mato o Demo 470kg, um dos Toiros mais bravos da corrida, sempre a crescer, voluntarioso, infelizmente apresentou durante toda a lide uma claudicação severa no anterior direito, este foi o primeiro toiro pegado por Luís Canto Moniz na condição de Cabo do nosso Grupo à primeira tentativa, não apresentou dificuldades de maior, arrancou com nobreza, a reunião poderia ter sido melhor se tivesse recuado um pouco mais, foi muito bem ajudado.

5° Toiro Veiga Teixeira 530Kg, o toiro com mais fiereza de toda a corrida, veio franco de todos os terrenos com vontade de "comer" tudo e todos, Fanã foi à cara, o toiro humilhou e literalmente ceifou as suas pernas o que originou uma aparatosa voltareta fazendo perder os sentidos ao forcado de cara, foi prontamente substituído por André Silva que pegou á sua primeira tentativa, tendo o toiro reunido desta vez alto, derrotando fortemente, tirando a cara com violência, valeu a excelente condição física do André Silva, uma extraordinária primeira ajuda merecedora de volta e mais uma vez o grupo esteve em grande a ajudar, Tiago Ribeiro foi chamado merecidamente a dar volta por tudo o que fez a rabejar não só neste mas em quase todos os toiros.

6° Toiro Conde de la Corte 455Kg o toiro mais pequeno da corrida, saiu bem, aqui e acolá com umas investidas menos claras, pegou à primeira tentativa António Ramalho, o toiro da sua despedida, esteve bem a citar, o toiro veio franco na sua investida, o forcado esteve muito bem a recuar na cara do toiro fechou-se bem à barbela, foi uma pega sem grande dificuldade, valeu pelo nível elevado por pormenores técnicos.

Sorte para todos, que consigam ter uma época recheada de êxitos como todos nós sonhamos e desejamos.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Crónica de Almeirim (27/04/2025) por... João Simões (antigo cabo)

A corrida de toiros em Almeirim, no passado dia 27, foi dignamente apresentada, destacando-se desde cedo a entrega e valentia do grupo de forcados. 
Na primeira pega a um toiro com os seus 570kg, da minha perspetiva, o João Freitas esteve correto na forma como citou e carregou a sorte, revelando decisão e entrega. No entanto, talvez devesse ter começado a citar uns passos mais à frente, o que poderia ter ajudado a manter o toiro mais ligado ao grupo aquando da investida. Ainda assim, o forcado esteve bem a dar a cara ao toiro, pecando apenas pela ligeira falta de ajudas mais eficazes na retaguarda. O toiro acabou por se desviar um pouco e, quando o Luís procurou ajudar, o forcado já se encontrava descomposto, o que dificultou o êxito da pega.
Na segunda tentativa, o toiro arrancou-se de forma complicada, mas o João recuperou muito bem, com grande mérito, e o grupo correspondeu com determinação, consumando uma pega de mérito coletivo.
No segundo com 550kg, coube ao André a responsabilidade de ir à cara. Faltou-lhe carregar a sorte com maior convicção, e a forma como recebeu o toiro não foi a mais correta, deixando margem para que o oponente se impusesse. Na segunda tentativa, porém, esteve muito bem: citou com segurança, carregou no momento certo e o grupo fechou com eficácia. Como se costuma dizer: se for bem feito à primeira, não é preciso ir duas vezes.
No terceiro toiro, uma atitude de verdadeira liderança: o Luís, forcado apontado como futuro cabo do grupo, assumiu a pega do maior toiro da corrida que pesou 630kg. Citou com garbo, recebeu com grande técnica e coração, e todo o grupo correspondeu à altura do desafio. De destacar ainda a atuação segura e atenta do rabejador, que encerrou a pega com categoria.
Foi, no geral, uma tarde positiva para o grupo, com entrega, sentido de grupo e coragem, valores que definem a arte de pegar toiros.




Crónica de Alcochete (30/03/2025) por... Rodrigo Castelo

Corrida de Alcochete 30 de Março de 2025


Foi com enorme entusiasmo que demos inicio à nossa temporada em Portugal e às celebrações dos 50 anos em Praça, na praça de toiros de Alcochete.

O Cartel era composto pelos Cavaleiros: Luis Rouxinol, J Moura Caetano, Marcos Tenório Bastinhas, João Ribeiro Telles, Francisco Palha, Paco Velasquez, os toiros de J.Brito Paes, Passanha e Ascensão Vaz , para pegar os Amadores de Alcochete e o Ap. Moita

Para abrir praça foi escolhido o Guilherme Sousa, esteve sereno no cite andando até meia praça, carregou mandou vir de largo, imprimindo alguma velocidade ao toiro de Brito Paes com 440 kilos, o que tornou a reunião mais dura e a viagem vistosa. O grupo esteve exímio a ajudar sendo o primeiro ajuda Duarte Francisco e fechando a pega a rabejar Tiago Nobre.

Para o nosso segundo, com 500 kilos da Ganadaria de Passanha, o futuro cabo Luís Canto Moniz, prontificou-se logo na hora do sorteio para pegar de cernelha, uma vez que o toiro tinha um corno para dentro e que dificultaria bastante a sorte de caras. Com a mesma decisão entrou com o Tiago Nobre a rabejar três vezes. Á primeira, mesmo com a dificuldade dum coice de um cabresto, o Luís e o Tiago conseguiram entrar, contudo o Luís acabou por sair. Na segunda a entrada é decidida mas já em esforço uma vez que o forcado teve que saltar por cima de um cabresto, e não ficou. À terceira, mesmo sem cabrestos a dupla entrou para ficar.

Para fechar praça frente a um Passanha de 510 kilos, foi eleito José Maria Duque, que fez um brinde bastante emotivo aos seus irmãos, e três tentativas de coração.
Sei que esta não foi a pega que mais desejava, mas teve momentos importantes, a decisão do Zé, a coesão e união do grupo, até no gesto de se deitarem em cima do forcado da cara na primeira tentativa assim que é despejado. E à terceira fecharam, para já não mais sair, com 1ª ajuda de Rodrigo Ribeiro, e a rabejar o Tomás Coelho.

Gostava de realçar o momento que o grupo atravessa e como o Tato lidera e liderou durante estes anos, o grupo de homens que vai deixar ao Luís. É bom saber que estavam fardados 18 elementos prontos para tudo e que na bancada estavam outros tantos. Obrigado Tato pelo magnifico trabalho, muita sorte Luís, que Deus vos proteja.

Por fim agradecer ao António Barata Gomes pelo magnifico jantar, é sempre incrível poder estar na casa que sentimos que somos recebidos como em casa .

Viva o Ap. Moita!

Luís Canto Moniz e Tiago Nobre



quarta-feira, 21 de maio de 2025

Aposento da Moita iniciou o ano no México

O G.F.A. Aposento da Moita entrou no ano 2025 em terras mexicanas, pois nos primeiros três dias do ano, teve três atuações, pegando no total 10 toiros.


Mérida 01 de Janeiro:

Luís Canto Moniz - 1ª tentativa 

André Silva - 1ª tentativa 

Rafael Silva - 1ª tentativa 

António Lopes Cardoso - 1ª tentativa


Peto 02 de Janeiro: 

Tiago Valério - 1ª tentativa 

Tiago Nobre - 2ª tentativa 

António Lopes Cardoso - 2ª tentativa 

Rodrigo Ribeiro - 2ª tentativa 


Tizimín 03 Janeiro:

Leonardo Mathias - 1ª tentativa 

Luís Canto Moniz - 1ª tentativa 

André Silva - 1ª tentativa


Mérida (MX) - Luís Canto Moniz 


segunda-feira, 19 de maio de 2025

Maio, mês do Aposento da Moita

Maio é tradicionalmente mês de feira na Moita.

É também mês de aniversário do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, este ano a festejar uma data bem redonda, os 50 anos e as respetivas Bodas de Ouro.

Num dia que se prevê e se quer de festa, será também dia de memórias (umas melhores que outras), será também dia de recordar todos aqueles que vestiram e honraram a jaqueta do grupo, mas que infelizmente apenas lá do alto poderão fazer as cortesias, dar uma ajuda ou ovacionar os amigos.

No próximo dia 24 de maio seria bonito ver fardados os elementos que naquela tarde de 25 de Maio de 1975 estiveram na estreia do Aposento da Moita, aqueles a que eu chamo “pais do grupo”. Sem qualquer desprimor por todos os outros elementos que honraram estas ramagens.

Este ano há também o aliciante de ser dia de mudança de cabo, pois Leonardo Mathias passará a chefia do grupo a Luís Canto Moniz.

Será certamente um dia de muitas emoções.

Sorte!

(Texto de opinião do autor deste vosso espaço)