segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Crónica da Corrida de Oliveira do Bairro (17/07/2016) - Por João Côrte-Real

Que saudades que eu tinha meu Deus de sentir aquele nervoso miudinho que nos invade dos pés à cabeça em tudo o que acontece desde que chegamos ao sítio da fardamenta até ao momento em que consumamos a última pega da corrida, de estar convosco e de sentir a amizade no seu estado mais puro e desinteressado, aquele sentimento de venha o que vier estamos aqui pro que calhar!
Agradeço ao nosso Cabo José Maria Bettencourt a amabilidade que teve de me convidar para estar convosco na trincheira, deu-me um prazer enorme ver a rapaziada nova cheia de vontade, a quererem fazer parte das escolhas do Cabo, a dizerem-lhe que estão presentes de cada vez que ele passava de um lado para o outro.
Continuem assim cheios de vontade, as oportunidades acabam sempre por surgir, há que saber agarrá-las.

Quanto às pegas, tivemos uma surpresa agradável, com o Diogo Perdigão a mostrar que está cá para as voltas, pegando o primeiro toiro da tarde ao primeiro intento, esteve muito alegre na cara do toiro, encheu-lhe bem a cara, carregou quando tinha que carregar, aguentou a investida e recuou na medida certa, penso que a seu tempo e se o Cabo assim o entender, merece uma oportunidade com um toiro um bocadinho mais sério. 
Esta pega para mim teve um sabor especial, pois o Diogo teve a amabilidade de me dedicar o brinde, o que muito me honrou e emocionou.

Para a nossa segunda pega da tarde foi escolhido o forcado da cara João de Deus Coelho. Pegou ao primeiro intento, o toiro arrancou-se de largo e com pata, o forcado aguentou muito bem a investida do toiro, carregou no momento certo, recuou o suficiente e recebeu muito bem o toiro no momento da reunião. Apesar de tudo indicar que poderia dar uma pega vistosa, este toiro quando se quis empregar acabou por cair com o forcado da cara, facilitando a vida aos ajudas e ao rabejador, que estavam no sítio certo e acabaram por cumprir com as suas funções.
 
Para o nosso terceiro toiro a escolha do cabo recaiu sobre o forcado João Francisco.  Este toiro foi pegado à terceira tentativa. Na primeira tentativa o toiro levou a melhor, arrancou-se de largo e com alguma pata, o forcado esteve bem até ao momento da reunião, momento esse em que lhe mete o piton direito no peito, acabando por não se conseguir fechar na cara do toiro. Na segunda tentativa o forcado desequilibrou-se e caiu ao recuar. Na terceira tentativa o João Francisco mostrou ter muita garra, pois ao contrário das duas primeiras tentativas em que o seu oponente se arrancava de largo, nesta tentativa o forcado teve que entrar e bem nos terrenos do toiro, mostrando-se decidido, acabando o toiro por se arrancar e permitir que a pega se efectuasse. Boa nota para os ajudas pela forma como ajudaram e para o forcado da cara pela “raça” demonstrada.
 
Depois da corrida e como era inevitável, a rapaziada já só pensava em fazer uma cernelha ao famoso Leitão da Bairrada. Apesar de não termos nada marcado, rapidamente se tratou do assunto e lá fomos nós até à Nova Casa dos Leitões. Faço referência ao nome do restaurante porque foram impecáveis e fizeram todos os possíveis para que as coisas corressem bem, o que aconteceu.
Não houve discursos, apenas o Cabo proferiu algumas palavras, dando por encerrado este dia maravilhoso.
 
Que Nossa Senhora da Boa Viagem zele sempre por nós e por todos os que nos são mais queridos.

Um grande abraço para todos e VIVA O APOSENTO DA MOITA!!!!!!!!!!!!!!

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