segunda-feira, 1 de junho de 2015

Crónica do Festival de Homenagem a Manuel Dias "Manolete", por João Coelho

João Coelho
Acompanhei os meus filhos a casa do Zé Manuel, local de encontro para os mais novos que iriam fardar-se.
Corria o dia de Sábado dia 23 de Maio de 2015, véspera do dia em que o nosso grupo comemoraria 40 anos de existência.
Encontrei um grupo de gente jovem com o sonho e a vontade férrea do triunfo. Sentia-se no ar a responsabilidade de fazer as coisas bem.

Acompanhei então o grupo à “Daniel do Nascimento” e nessa subida da Avenida o tempo voltou atrás, com maior precisão ao dia 5 de Outubro de 1985 em que o nosso grupo de Juvenis, obviamente com outros elementos, também subia a Avenida.
A vontade de fazer as coisas bem estava bem vincada nas nossas faces e sem sabermos esse seria um dia importante na história de vida daqueles que queriam vestir a jaqueta do nosso querido Aposento.

Neste sábado, 23 de Maio de 2015, era prestada homenagem a uma figura da Moita que por sinal era o empresário desse longínquo dia. 
Foi ele, Manuel Dias, na nossa terra conhecido por “Manolete” que em nós acreditou e nos encarregou a tarefa de pegarmos 6 vacas, relançando assim os juvenis do Aposento da Moita.

Deixemos para trás o passado e demos atenção às duas pegas que neste sábado tivemos que realizar.

No primeiro novilho, para a cara João de Deus Coelho, que na minha modesta opinião não entendeu o seu oponente. Na primeira tentativa caiu ao recuar e deitou por terra aquilo que seria uma pega ao 1º intento. O resto foi fruto da sua inexperiência e de algum nervosismo. Deveria ter aguentado mais o novilho, não sendo tão precipitado a começar a recuar. Acabou por concretizar a pega ao 3º intento com uma boa ajuda do Manuel Mendes. Deu volta à arena com o cavaleiro Francisco Núncio.

Para pegar o 2º novilho saltou à arena Fábio Matos, que contrariou com garra e vontade o que tinha realizado nos treinos. Não complicou, e com calma e correcção pegou o novilho que lhe coube em sorte. Foi bonito no cite, esteve correcto a recuar, e executou uma reunião sem problemas.

Inverteram-se os papéis e aquele que vinha demonstrando maior segurança foi quem não executou a pega ao 1º intento, demonstrou contudo querer e vontade. Fábio Matos fechou a actuação do nosso grupo e deu volta com o cavaleiro Francisco Correia Lopes. Ficou bem patente nesta tarde que existe muita vontade de acerto e que aquilo a que assistimos nos deixou um bom prenuncio para aquilo que seria o grande dia.

Deixo-vos pedindo perdão por estas fracas palavras que de certeza não conseguem relatar todas as emoções vividas, mas vincam com certeza o respeito e a admiração destes jovens pela nossa jaqueta. A continuidade está assegurada, e muito me orgulha que este Aposento seja o Aposento dos meus, e dos filhos de outros forcados, que um dia vestiram a nossa jaqueta.
Um abraço,
João Coelho

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